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O senador Renan Calheiros conseguiu, nesta quarta-feira, 13, ultrapassar o número mínimo de assinaturas para criação da CPI da Braskem no Senado. O grupo vai investigar as ações e omissões da empresa que resultaram no afundamento de solo que afetou cinco bairros na cidade de Maceió.
O pedido de criação da CPI chegou a 33 assinaturas em poucas horas. O número mínimo para criação é de 27 assinaturas.
Renan pretende pedir a instalação da comissão já nesta quinta-feira. Nas redes sociais, o senador comemorou o número de assinaturas.
“O pedido de CPI da Braskem, responsável pelo maior desastre ambiental urbano do mundo, já tem apoio de mais de 30 senadores. O desprezo é completado por uma farra na distribuição de dividendos. Chegou a hora de responsabilizar os autores da tragédia”.
O caso veio à tona em 2018, quando um tremor de terra assustou os maceioenses. Após investigações do Serviço Geológico do Brasil, foi concluído que a mineração de sal-gema feita pela Braskem comprometeu a estabilidade do subsolo em parte da cidade. Mais de 20 mil pessoas tiveram que ser transferidas da área.
A Braskem alega que já gastou mais de R$ 8 bilhões em processos relacionados ao caso, e diz ter mais R$ 6 bilhões provisionados.
No entanto, segundo o pedido de criação da CPI, o processo de venda da empresa coloca em risco o cumprimento de compromissos de compensação firmados pela empresa com o
Ministério Público do Estado, da União e com a Prefeitura de Maceió.
Calheiros e o Governo de Alagoas acionaram o Tribunal de Contas da União (TCU) para tentar suspender a venda da petroquímica