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Foi realizado na manhã desta terça-feira (03) a transmissão de cargo do ministro dos transportes. O ex-governador de Alagoas Renan Filho e senador diplomado assumiu a titularidade da importante pasta ministerial.
A solenidade foi bastante prestigiada por autoridades e lideranças políticas alagoanas que foram abraçar o novo ministro.
Leia abaixo o discurso de posse do Ministro Renan Filho com o título “O Brasil está de volta”.
“Minhas Senhoras, Meus senhores…
Primeiro, preciso dizer: este momento me enche de emoção, mas a principal delas é o peso da responsabilidade…
Das duas vezes em que fui empossado governador disse e repeti que aqueles eram os momentos mais importantes da minha vida.
Agora aqui estou, com a responsabilidade multiplicada ao tamanho do Brasil, vivendo um dos momentos mais importantes da minha carreira profissional: Tomando posse no honroso cargo de Ministro dos Transportes.
Iniciando, agradeço a Deus por me colocar diante deste desafio com o espírito motivado e animado para o trabalho.
Agradeço ao meu partido, o MDB, por me considerar à altura do cargo. E aos partidos que fazem parte desta aliança vitoriosa.
Mas, meu maior agradecimento é ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o grande engenheiro, arquiteto e orientador desta construção. O homem que guiará o país para uma profunda mudança, nos tirando do isolamento para a uma convivência fraterna – de onde nunca deveríamos ter saído.
O presidente está trazendo o Brasil de volta!
Todos recebemos com alívio a vitória e a posse do presidente Lula. A presença de representantes do mundo inteiro em Brasília se encarregou de escancarar o espírito deste governo.
Espírito de amizade, respeito à soberania, e à cooperação internacional.
Espírito de luta contra a desigualdade e contra fome;
O compromisso com a agenda ambiental, com a educação, com a saúde, com a ciência, tecnologia inovação voltam a presidir as relações do Brasil com seu povo e com as nações.
O Brasil retorna à linha de frente das boas causas.
Eu me sinto orgulhoso e grato por participar deste momento do meu país.
É A DEMOCRACIA EXERCIDA NA SUA FORMA MAIS NOBRE E CONSTRUTIVA.
A boa política voltou a ser praticada como a melhor solução para os problemas de um país civilizado.
Estamos no caminho certo!
Minhas senhoras, meus senhores:
Estamos assumindo um País com um significativo déficit de infraestrutura de transportes.
Daqui para a frente, ao mesmo tempo em que construiremos, estaremos sempre consertando algo. A depreciação da infraestrutura rodoviária e ferroviária nestes quatro anos foi grande!
Estamos às vésperas da safra agrícola, que demanda boas estradas e ferrovias para ser escoada.
E é triste não estarmos a altura de prestar um serviço de excelência que um país pujante com o Brasil nos demanda.
Isso não é impressão minha:
Um levantamento da Confederação Nacional dos Transportes, uma instituição independente, mostra que 66% das rodovias do Brasil se encontram hoje em estado ruim, péssimo ou com algum problema. É a pior avaliação sobre a manutenção da nossa malha rodoviária nos anos recentes.
As causas dessa situação são mais do que conhecidas; aliás, são uma evidência histórica.
Nossas estradas são sobrecarregadas e o investimento nelas é insuficiente.
Estamos, nos últimos anos, no menor nível de recursos para esta pasta. Estima-se que a recuperação da malha, demandaria 100 bilhões em investimentos.
Só para ilustrar, a má condição da malha consome, anualmente, 1 bilhão de litros de diesel desnecessariamente, mais de 4 bilhões de reais em prejuízo para os transportadores.
No curto prazo, este Ministério dos Transportes terá que fazer um esforço tremendo de recuperação da malha rodoviária.
Precisará retomar as obras paradas por falta de recursos.
Será necessário se debruçar sobre os contratos dos 15 mil km de rodovias concedidas e ampliar a participação do setor privado para agilizar essa tarefa.
Mas, o mais importante é que o Brasil voltou a ter a agenda de Infraestrutura como questão prioritária. E, eu me sinto orgulhoso e grato ao Presidente por participar deste momento do país.
Ele me confiou a tarefa de fazer pelo Brasil o que fizemos em Alagoas: o estado tem hoje a segunda melhor malha rodoviária do País (premiada pela mesma pesquisa da CNT).
Durante os últimos 3 anos estivemos em primeiro por duas vezes. Foi a primeira vez que o Estado de São Paulo foi ultrapassado por outra unidade da Federação.
Enquanto o Brasil tem 60% das estradas com problemas graves, Alagoas tem quase 70% de estradas boas ou ótimas.
Esta conquista não foi simples. Foi necessário um profundo ajuste fiscal para recuperação da capacidade de investimento do estado.
Alagoas não tinha dinheiro para nada! Era totalmente dependente de recursos federais.
O primeiro passo foi a renegociação da dívida – liderada pelo Senador Renan Calheiros – que possibilitou o resgate da autonomia financeira do estado. Graças a isso, Alagoas pode voltar a investir em áreas prioritárias e retomar o desenvolvimento.
O dilema do Brasil é semelhante, encontrar capacidade de investimento garantindo sustentabilidade fiscal.
Por óbvio, o desafio aqui é bem maior, e por isso requer soluções diferentes, e ainda mais capacidade de trabalho…
As estradas estão depreciadas porque suportam sobrecarga excessiva. A manutenção era insuficiente para manter a qualidade.
O baixo investimento associado a alta demanda tem resultado claro: os buracos, logo depois de tapados, ressurgem maiores que antes.
Mas o mundo tem exemplos que mostram que um país como o Brasil, com sua produção gigantesca na agricultura e na mineração, o transporte contínuo e crescente em via rodoviária é insustentável.
O caminho para resolver o problema, todos sabemos, é ampliação da malha ferrovia!
Nós, temos uma topografia privilegiada. Temos a sorte que a natureza nos presenteou, e precisamos aproveitá-la.
E, o primeiro passo já foi tomado: Criamos, por meio de Decreto Presidencial, uma Secretaria para tratar exclusivamente de ferrovias neste Ministério.
Ela vai trabalhar para tornar possível esse projeto de futuro. Inovar será necessário, revisitar o Marco Regulatório também.
Ações
Minhas Senhoras e meus senhores…
Em 15 dias pretendo apresentar um plano de ação para os próximos 100 dias a frente deste Ministério.
Antecipo que: Vamos solucionar dificuldades orçamentárias encontradas até aqui, não apenas para um ano, mas de forma sustentável.
Buscaremos ampliar a participação das ferrovias na nossa matriz de transportes, unindo forças com o setor privado para tornar as autorizações realidade, e concluir as obras públicas que escoarão nossa safra ainda nesse governo.
Com objetivo de trazer mais segurança para motoristas e suas famílias, vamos cada vez mais tirar a carga pesada das rodovias e passa-la para os trilhos.
Segurança viária será prioridade: salvaremos vidas. Seja duplicando estradas de alta demanda, criando as terceiras faixas, ou aprimorando a sinalização e revitalizando as rodovias.
Nossa competência é a cuidar da infraestrutura de transportes, mas nossa responsabilidade é cuidar de vidas, colaborar para a geração de empregos e fomentar a economia.
Estaremos prontos para responder rapidamente às emergência nas rodovias e garantir a trafegabilidade.
Investiremos com critério onde precisa ser investido e contaremos com o setor privado para dar o impulso necessário ao programa de concessões.
Vamos modernizar a logística nacional, reduzindo custos e contribuindo para o setor produtivo.
E vale ressaltar, daremos atenção necessária àqueles estados com a malha mais depreciada.
Manteremos diálogo aberto com o Congresso, Órgãos de Controle, Judiciário e Sociedade Civil. Para garantir uma gestão pautada pela integridade, eficiência, transparência e tecnicidade.
Transparência que foi motivo de orgulho nos últimos anos para o estado Alagoas, que foi líder no ranking da CGU e do Ministério Público Federal.
O Ministério dos Transportes se guiará pelas melhores práticas de Governança, pela preocupação com o aspecto social e pelo respeito ao meio ambiente.
Resultados
Minhas Senhoras, Meus senhores.
“O Brasil está de volta”.
Estas cinco palavras proferidas pelo Presidente Lula trazem uma força imensa. Trazem a esperança e a confiança que pareciam perdidas no nosso país.
E, é a Confiança que eu pretendo deixar como legado.
Confiança do Brasileiro para viajar pelas nossas estradas, sem se preocupar com a situação do asfalto ou com acidentes nas rodovias.
Confiança para o Caminhoneiro transportar a carga sem colocar sua vida em risco e recebendo valores dignos.
Confiança para o Produtor escoar sua safra com segurança e baixo custo.
A confiança voltou, e o Brasil que queríamos está de volta!
Vamos ao trabalho, muito obrigado”