A Superintendência da Polícia Federal (PF) em Alagoas intensificou as investigações sobre o afundamento de cinco bairros de Maceió, pela Braskem. O inquérito, aberto em 2019, investiga crimes ambientais e apresentação de estudos ambientais falsos, entre outros delitos.
A base para as investigações é um estudo sobre a instabilidade do terreno dos bairros de Maceió publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). O documento “caracterizou cientificamente os fenômenos geológicos ocorridos em Maceió e os vinculou diretamente à exploração de sal-gema pela Braskem”.
A investigação ganhou mais força este ano, com a chegada da delegada Luciana Barbosa, que assumiu o cargo de superintendente regional da PF no Estado. A delegada disse que o caso virou prioridade para a PF e que os culpados serão responsabilizados.
Delegados da PF afirmaram à CNN que, atualmente, há uma equipe completa em Alagoas. São peritos e geólogos enviados especificamente para avançar neste caso. A ordem é dar celeridade para o inquérito poder ser encerrado nos próximos meses.
“O afundamento de bairros de Maceió é um desastre ambiental de grandes proporções, que causou um enorme sofrimento à população local. A Polícia Federal está trabalhando incansavelmente para apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos”, concluiu a delegada.