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A partir de agora, a Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), por meio da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, passa a integrar, junto a outros órgãos do estado, o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), uma iniciativa do Ministério Público Estadual (MPAL), que é coordenada pela promotora de Justiça Marluce Falcão. Como integrante do programa, a Ordem fará atendimentos à população, no sentido de receber denúncias e garantir uma rede de apoio aos familiares de desaparecidos.
“A OAB vai atuar acolhendo as famílias que tiveram parentes desaparecidos. Por sermos um canal de fácil acesso, estaremos recebendo esses parentes para fazermos a coleta de informações e repassarmos ao programa. Também vamos disponibilizar os nossos canais de comunicação para divulgar os casos de desaparecimento. O programa é fundamental diante do imenso aumento de desaparecidos no estado”, destaca o advogado Diego Omena, secretário das Comissões da OAB/AL.
O objetivo é também disponibilizar atendimentos psicológicos aos familiares de desaparecidos, serviço que passará a ser ofertado quando a reforma da sede histórica da OAB, no Centro de Maceió, for inaugurada.
Nesta terça-feira (29), um dia após a adesão da OAB/AL ao PLID, a Comissão já foi procurada por familiares de Liliana Rodrigues de Oliveira, de 43 anos, que está desaparecida desde o último dia 25. Com histórico de depressão, ela foi vista, pela última vez, na casa em que reside, no Bairro Padre Antônio Lima, em Arapiraca. O nome e a foto dela serão inseridos no Programa com o objetivo de localizá-la.
Para Rayza Elias, integrante da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB Alagoas, fazer parte do PLID é uma forma de contribuir ainda mais com a sociedade. “Hoje podemos dizer que a OAB faz parte da maior e melhor política pública de combate aos desaparecidos no estado de Alagoas, e isso engrandece nossa atuação e reafirma nosso compromisso com a justiça social e direitos humanos”, expôs Rayza Elias.
O Termo de Compromisso para adesão ao PLID foi assinado durante solenidade no prédio-sede do Ministério Público Estadual (MPAL), no bairro do Poço. Além da OAB/AL, também passam a integrar o programa a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal (PF).
DADOS
O PLID Alagoas tem em seus dados, atualmente, 2.530 casos de desaparecimentos, dos quais 446 foram concluídos, 2.083 estão em investigação e um aguarda instauração. Na totalidade, 63,89% são do sexo masculino e 33,19% do sexo feminino. Entre os desaparecidos, 31,51% tem idade entre 12 a 17 anos; em seguida, vêm os de 31 a 40 anos com 17,12%; de 18 a 24 anos com 16,65%; de 41 a 50 anos com 9,87%; de 25 a 30 anos são 9,39%; mais de 60 anos 6,66%; de 0 a 11 anos são 2,62%.