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Hoje em dia é impossível ignorar a onipresença dos dispositivos digitais em nossas vidas cotidianas. Em uma era dominada por smartphones, tablets e computadores, a neuropsicóloga Fernanda Barreto, traz à luz um assunto importante: o excesso de uso de tela.
“A exposição contínua às telas não é apenas uma questão de olhos cansados ou postura corporal ruim”, alerta a Fernanda Barreto. “Estamos começando a ver os efeitos colaterais na nossa saúde mental e cognitiva, particularmente entre os mais jovens”, observou.
Estudos recentes demonstram que o tempo gasto na frente das telas está correlacionado com uma série de problemas de saúde, incluindo insônia, obesidade, problemas de visão e dores musculares. Além disso, pesquisas recentes indicam um aumento nos diagnósticos de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes, e muitos especialistas acreditam que a exposição excessiva às telas desempenha um papel fundamental nesses dados.
Os jovens, com cérebros ainda em desenvolvimento, são particularmente vulneráveis aos efeitos adversos do excesso de tela. A neuropsicóloga explica que a exposição excessiva aos estímulos digitais pode afetar o desenvolvimento cerebral. “O excesso de estimulação digital pode alterar a maneira como o cérebro processa informações, o que pode levar a problemas de atenção e aprendizagem”, analisou.
Fernanda Barreto aponta que outra questão preocupante é a interferência do uso excessivo de dispositivos digitais na qualidade e quantidade do sono. “A luz azul emitida pelas telas pode perturbar o ritmo do corpo, dificultando o adormecimento e a manutenção de um sono reparador”, disse.
DIETA DIGITAL
A boa notícia é que existem maneiras de mitigar esses problemas. Fernanda sugere a implementação de “dietas digitais”, ou seja, períodos programados de tempo longe das telas. Isso pode envolver atividades como ler um livro, sair para caminhar, ou simplesmente se envolver em conversas cara a cara.
A neuropsicóloga também recomenda o uso de ferramentas tecnológicas que possam ajudar a reduzir o tempo de tela, como aplicativos que rastreiam o tempo gasto em dispositivos e funções que limitam o uso de certos aplicativos.
Fernanda deixa uma mensagem final para os pais: “É essencial ensinar às nossas crianças que a vida não se resume às telas. Temos que mostrar a eles que existem outras maneiras de se conectar, aprender e se divertir que não envolvem estar online o tempo todo”.
A neuropsicóloga destaca que em um mundo cada vez mais digital, o equilíbrio é a chave. “A mensagem aqui não é eliminar totalmente a tecnologia de nossas vidas, mas sim usá-la de maneira responsável e saudável. Afinal, nossos cérebros – e nossas crianças – merecem estímulos saudáveis que proporcionem um desenvolvimento satisfatório e não merecem nada que possa limitar isso”, concluiu.