O ministro da Justiça Flávio Dino vai estar em Maceió na próxima segunda-feira, 22, para cumprir agenda com o governador Paulo Dantas (MDB). Ele chega a Alagoas na noite do domingo e às 8h30 da manhã da segunda tem compromisso no Palácio Zumbi dos Palmares.

Dino virá entregar ao Governo do Estado 13 viaturas do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). A entrega das viaturas acontecerá na recém-reformada praça dos Martírios, no Centro. Antes disso, Flávio Dino fará uma coletiva de imprensa com os jornalistas presentes.

O ministro tem aparecido repetidamente na internet por conta das cenas em que é provocado e troca farpas com parlamentares da oposição em audiências no Congresso. Em quatro meses, Dino é o ministro do governo Lula que mais esteve na Câmara e no Senado participando de audiências a pedido dos parlamentares.

Em um dos episódios com a oposição, o deputado federal de Alagoas, Alfredo Gaspar (União), recebeu duras respostas do ministro da Justiça. Opositor de Lula, o parlamentar fez provocações ao ministro.

Gaspar questionou a visita de Dino à favela da Maré, no Rio de Janeiro. A oposição tenta colar o discurso de que o ministro entrou na favela sem escolta, o que sugeriria um conluio do auxiliar de Lula com traficantes locais.

Gaspar questionou se o ministro terá “macheza” para combater o crime organizado, da mesma forma com que o governo tratou os manifestantes golpistas presos em Brasília, em janeiro. “Eu queria saber também, ministro, se o senhor vai usar essa sua macheza, que botou um monte de velho e menino em um ônibus e levou tudinho para a Academia Nacional de Polícia, se o senhor vai usar também isso contra as organizações criminosas, se vai ser na bala, na borracha, na força”, questionou o opositor.

Dino respondeu ao questionamento, considerado homofóbico, colocando em dúvida o real interesse do deputado em relação a sua masculinidade. “Eu acho engraçada a indústria das fake news na política. Fizeram essa ideia de que não tinha escolta policial, o que é mentira. O senhor me pergunta se eu tenho muita macheza. Se o senhor está interessado nesse assunto, eu informo que não estou interessado nesse assunto. Sobre esse aspecto informo ao senhor: eu não tenho medo de ninguém e nem de nada”, disse o ministro, na ocasião.

Flávio Dino virou um dos principais alvos dos parlamentares contrários a Lula. Inicialmente, as críticas ao ministro eram concentradas na edição dos decretos que facilitavam o acesso da população a armas de fogo e munição.

Pouco tempo depois, ele passou a enfrentar suposições de que teria sido omisso nos ataques às sedes dos três Poderes, em 8 de janeiro.