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O Ifal Campus Arapiraca está promovendo uma série de ações voltadas para o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. A programação da 9ª Semana da Consciência Negra e Indígena promovida pelo Ifal em Arapiraca é organizada pelo NEABI (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas), teve início na quinta-feira, 16, e prossegue até este sábado, no espaço do próprio Campus.
O evento inclui palestras e discussões sobre a cultura afro-brasileira e indígena, ancestralidade, políticas públicas voltadas para os povos negros e indígenas, minicursos, apresentações culturais com oficinas de hip-hop, capoeira e outros instrumentos de percussão, oficina de trança, sarau, discussões sobre temáticas afro-indígenas por meio de documentários, além também de apresentação do Toré.
De acordo com o professor Judivan Lopes, que integra o NEABI, junto com o professor Rodrigo Abraão, coordenador do Núcleo, uma das propostas é fazer com que os alunos se envolvam nas ações.
Ainda de acordo com o professor Judivan, as discussões sobre a nossa ancestralidade, sobre os povos originários e os povos africanos que vieram para compor a matriz brasileira, são de grande importância, mas tem também toda uma questão sobre a matriz do alunado do Campus.
“A gente tem uma pesquisa recente sobre o impacto da Lei de cotas na constituição dessa formação étnica do Instituto Federal de Alagoas, especificamente do Campus Arapiraca, e a gente vai vendo essas representações porque a gente tem estudantes indígenas, estudantes quilombolas, nós temos a grande população parda, mestiça e temos a população branca. Então, temos essa representação grande dentro do próprio Ifal e esse momento é de evidenciar essa cultura, muito latente dentro do nosso povo, indo além da questão festiva, mas evidenciando a questão acadêmica e científica, porque é muito importante trazer legado, com representações da literatura, da arte e da ciência que constitui a ancestralidade desses dois segmentos da nossa cultura”
Para exemplificar isso, logo na entrada do Campus, está exposto um painel fotográfico dos alunos do Ifal com descendência afro-indígena.
Também está exposto na entrada do Campus do Ifal em Arapiraca um painel fotográfico sobre um trabalho de combate ao racismo realizado pela professora da rede pública municipal, Suzi Alves, com crianças do ensino fundamental. O trabalho desempenhado pela professora foi incorporado à programação do NEABI.
“Através desse trabalho eu conheci o professor de Artes aqui do Ifal, Judivan, e ele me convidou para fazer parte do NEABI e a gente vem trabalhando, estudando e pesquisando essas práticas de combate ao racismo dentro das instituições. Então, nós trabalhamos com autores da literatura infantil que colocam em suas histórias, personagens negros e negras, chamada de literatura afrocentrada. Esses autores empoderam as meninas e os meninos negros, traz a beleza, a cultura, os saberes desses povos e a partir daí, a gente transpõe isso para o ensino da matemática, ciências, geografia, história, todas as áreas do conhecimento”, explicou a professora.