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O ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) classificou Persio Arida, ex-presidente do Banco Central, como um “grande economista brasileiro”. E disse que sua relação com Pérsio “é ótima desde sempre”.
Em meio a especulações de que Haddad deve ocupar o Ministério da Fazenda no governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), cresce a aposta em uma dobradinha entre os dois – seja com Arida na Secretaria-Executiva da Fazenda ou à frente do Ministério do Planejamento, a ser recriado a partir de janeiro.
“Conheço Pérsio como estudante de economia na Faculdade de Economia da USP na época em que eu era mestrando”, comentou o ex-prefeito de São Paulo.
Haddad seria o ministro da Fazenda de Lula caso o petista tivesse concorrido – e vencido – a disputa de 2018. Se Haddad tivesse vencido o então candidato Jair Bolsonaro (PL), garante uma pessoa muito próxima ao ex-ministro da Educação, Arida seria convidado para a pasta hoje ocupada por Paulo Guedes, no momento em que frente ampla era algo distante para o PT.
Reforma tributária
O ex-ministro da Educação disse que boa parte da agenda do governo eleito no ano que vem será avançar com a reforma tributária. “Nós recebemos da parte do presidente Lula o recado de que ele deseja que esse seja um dos primeiros temas de 2023, resolver o problema da reforma tributária para atrair investimentos”, disse Haddad. “O emaranhado de tributos no Brasil hoje serve como uma espécie de obstáculo”, completou.
Haddad afirmou considerar que a reforma tributária hoje em tramitação no Congresso Nacional é melhor do que a que foi proposta por Lula em 2007 e que apenas não foi aprovada por desinteresse do governo do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). Segundo o ex-ministro, uma das grandes frustrações de Lula é não ter aprovado uma reforma tributária.
Sobre a PEC da transição, Haddad afirmou que há uma preocupação natural com o tamanho do gasto que será liberado pelo texto, mas que o diálogo vai culminar com uma definição clara. A minuta enviada pela equipe da transição ao Congresso estabelece espaço para uma despesa de R$ 198 bilhões fora do teto de gastos no ano que vem.
O ex-ministro disse ainda que economistas liberais reconhecem problemas do teto de gastos, que teria levado a uma piora da qualidade da despesa pública. Haddad afirmou ainda ver um problema de focalização no Auxílio Brasil, que poderia ser melhor gerenciado.
Autor: Sofia Aguiar, Cícero Cotrim, Matheus Piovesana, Altamiro Silva Junior e Cynthia Decloedt
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