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Na cidade de Piaçabuçu, em Alagoas, pescadores, agricultores, artesãos e comerciantes locais se reúnem para trocar produtos, ideias e sonhos. Este movimento, que resgata práticas antigas, é na verdade uma manifestação contemporânea de economia solidária, um modelo econômico que prioriza a cooperação, autogestão e o desenvolvimento sustentável.
Essa iniciativa local foi destaque em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília. O deputado federal Daniel Barbosa, representante alagoano nesta plenária, elogiou o trabalho desenvolvido pelo Banco Comunitário É da Gente (EDG) e ressaltou a importância da expansão de ações como as praticadas em Piaçabuçu.
“Incentivar a economia solidária é gerar emprego, renda e garantir que o recurso financeiro fique naquela localidade. O trabalho desenvolvido em Piacabuçu tem beneficiado milhares de pessoas, sobretudo as que vivem em situação de vulnerabilidade. Contem com o meu apoio para expandir iniciativas como essas para outros municípios alagoanos”, disse o parlamentar, parabenizando o presidente do EDG, Pedro Vinícius, que estava presente na audiência.
O Banco Comunitário de Piaçabuçu foi criado por causa da ‘desbancarização’ do município. Segundo Pedro, as agências tradicionais fecharam as portas e a população que precisava sacar dinheiro, se dirigia para outros municípios, o que fazia com que os valores fossem utilizados por lá mesmo, prejudicando a economia local. Atualmente, o Banco É da Gente já atende mais de 30% da população, com Real e moeda virtual, sendo responsável pela concessão de microcrédito para pequenos negócios, pescadores, mães chefes de família e muito mais.
“Nosso foco está no desenvolvimento social que a economia solidária pode proporcionar. Conseguimos disponibilizar microcréditos com juros muito abaixo dos praticados nos bancos comuns, e isso tem ajudado muita gente”, explicou Pedro Vinícius.