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Uma agente de saúde de Palmeira dos Índios fez um desabafo à Tribuna do Sertão, denunciando a precariedade das condições de trabalho e o acúmulo de responsabilidades que vem enfrentando na área de saúde pública do município. A profissional, que atua na atenção domiciliar, relatou as dificuldades que enfrenta diariamente para atender os pacientes acamados e domiciliados.
“Nos cobram muito o nosso melhor, e fazemos de tudo para isso”, afirmou. No entanto, ela destacou que o carro disponibilizado para realizar as visitas domiciliares é oferecido apenas uma vez por mês, o que compromete o atendimento. “Tenho aproximadamente 15 pacientes acamados para atender, e com esse acúmulo está se tornando uma bomba-relógio”, desabafou.
Segundo a agente, devido à falta de transporte adequado e à desorganização na logística de visitas, muitos pacientes têm recorrido à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para obter o atendimento que deveria ser realizado em casa. “Ontem houve um desconforto entre algumas agentes de saúde e a médica, que estava na razão dela, ao mencionar a demora do carro. Reduzimos de 15 visitas para 10, ou seja, cinco pacientes ficaram para o próximo mês”, revelou.
A falta de infraestrutura foi um dos pontos mais críticos mencionados no desabafo. “Quando tem carro, não tem gasolina. Quando a médica chega, o carro está com o pneu careca. Não existe infraestrutura”, lamentou. A agente destacou a falta de comunicação entre as equipes, o que agrava ainda mais o problema. “A responsabilidade cai toda em cima de nós quando chegamos na área”, afirmou.
O relato ainda aponta que a situação no programa “Melhor em Casa”, que deveria garantir atendimento domiciliar de qualidade, está longe de funcionar como deveria. “As médicas do PSF também não estão realizando visitas nas áreas porque não tem carro”, acrescentou.
A denúncia expõe a realidade preocupante da saúde pública em Palmeira dos Índios, que afeta diretamente a população que necessita de cuidados domiciliares, e levanta a necessidade urgente de melhores condições de trabalho para os profissionais da área e de uma reestruturação logística para garantir o atendimento adequado aos pacientes.
A situação é grave e exige uma resposta rápida e eficaz das autoridades municipais, antes que o colapso nos serviços de saúde resulte em danos irreversíveis para a população mais vulnerável do município.