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O Tribunal de Justiça de Alagoas agendou para esta quarta-feira, 10, a sessão de julgamento para decidir se a Rede Globo poderá finalizar seu contrato com a TV Gazeta, afiliada que pertence ao ex-presidente Fernando Collor.
A relação entre as duas emissoras, que data de 1975, pode estar chegando ao fim após quase cinco décadas de parceria.
A controvérsia começou em novembro de 2023, quando a TV Gazeta procurou a justiça para impedir a Globo de encerrar o contrato de afiliação, alegando que a perda da parceria colocaria em risco a sua operação e a manutenção de centenas de empregos. A emissora alagoana, parte de um plano de recuperação judicial, argumentou que a descontinuação da afiliação prejudicaria seu cumprimento de obrigações financeiras, ameaçando a demissão de grande parte de seu quadro de funcionários.
Em resposta, a Globo já havia negociado verbalmente com o Grupo Asa Branca de Comunicação, proprietário da TV Asa Branca, afiliada da Globo no interior de Pernambuco, para que assumisse o lugar da TV Gazeta como sua representante em Alagoas.
Apesar de a TV Gazeta ter obtido uma liminar, com apoio do Ministério Público de Alagoas, que exigia a renovação do contrato até 2028, esta decisão foi posteriormente anulada. No entanto, por uma ordem judicial subsequente, a TV Gazeta continua transmitindo o sinal da Globo até que uma decisão definitiva seja tomada pela justiça alagoana.
A situação se complica pelo fato de a Globo argumentar que a decisão de não renovar o contrato foi influenciada pelas acusações de que a emissora alagoana foi utilizada para atividades ilícitas por Collor, que foi condenado pelo STF a uma pena de prisão por corrupção.
A decisão do tribunal não apenas definirá o futuro da TV Gazeta como afiliada da Globo, mas também poderá ter um impacto significativo sobre o panorama midiático em Alagoas, afetando diretamente a dinâmica de empregos na região e a distribuição de conteúdo televisivo para o público alagoano.