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No primeiro depoimento aos investigadores alagoanos, Leandro Pinheiro, suspeito de matar a companheira, Mônica Cavalcante, contou como fugiu de São José da Tapera, saído do Brasil e se mantido na Bolívia por quase dez meses. Ele diz que pegou carona, usou dinheiro guardado e se manteve comercializando celulares.
Depois que cometeu o crime, Leandro Pinheiro disse à polícia que pegou o carro e fugiu até a cidade de Olho D’Água das Flores, pouco mais de 3 km da cidade São José da Tapera, onde ocorreu o feminicídio. Lá, abandonou o carro pegou carona para o Estado de Sergipe, onde ficou na casa de um primo.
Ao descobrir o que ele tinha feito, Leandro diz que o primo o mandou embora, pois não queria ter o nome envolvido com o crime. A partir daí, ele conta que saiu pedindo carona até a Bolívia.
O delegado Igor Diego disse que o homem relatou que já havia pesquisado sobre a Bolívia e sabia que lá tinha muitas faculdades de medicina.
Segundo Igor Diego, Leandro relatou que pegou o dinheiro que tinha em espécie e, na cidade de Santa Cruz de La Sierra, usou o valor que tinha para alugar um quarto. Ele disse que mudou de quarto de três a quatro vezes.
Que depois de dois meses naquele país, ele começou a frequentar a igreja e conheceu uma jovem boliviana, de 22 anos, que estava concluindo o curso de medicina.
Ele relatou à polícia que tinha informado à jovem que estava foragido, mas não disse qual crime tinha cometido.
À polícia, ele disse que, para se manter financeiramente, usou o dinheiro em espécie que tinha para, também, comprar vários celulares e revendê-los. Assim, ele diz que passou a sobreviver da compra e venda de celulares.
A Polícia Civil de Alagoas, no entanto, investiga a veracidade do depoimento prestado pelo suspeito. Para os investigadores, é possível que Leandro Pinheiro tenha, na verdade, contado com uma rede de apoio que o ajudou a fugir e a manter a fuga.
Leandro Pinheiro foi preso pela polícia boliviana e trazido para Alagoas na madrugada de sábado, 06. Após dar a versão sobre o crime, o suspeito foi encaminhado para o sistema prisional, em Maceió, onde fica à disposição da Justiça.
Mônica foi assassinada a tiros, em São José da Tapera, em junho de 2023. Pouco tempo antes de ser morta, ela gravou um vídeo relatando que, se algo acontecesse com ela, Leandro Pinheiro seria o responsável. Horas depois, a mulher foi encontrada morta em frente à casa onde os dois moravam.
Desde então, Leandro Pinheiro não tinha mais sido visto pelas autoridades policiais, que iniciaram uma caçada ao suspeito, em uma busca que durou nove meses e envolveu serviços de inteligência das polícias de Alagoas, da Bolívia e do Mato Grosso Sul, Estado que faz fronteira com aquele país.