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Depois de um hiato de quatro anos, sendo dois por conta da pandemia da covid-19, a Bienal Internacional do Livro de Alagoas retornou aos braços do público que a abraçou carinhosamente. A saudade, inclusive, se refletiu nos números: 412.726 pessoas visitaram o Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá, em Maceió, para acompanhar a décima edição do maior evento cultural e literário do estado, que se despediu no domingo, 20 de agosto, como grande sucesso de público e crítica.
Durante os dez dias de evento, foram lançados cerca de 500 novos livros, dentre obras físicas e e-books para a sociedade, 25 oficinas com temáticas das mais variadas, 85 atividades como mesas-redondas e palestras, eventos de grande porte promovidos pela Universidade Federal de Alagoas, tais como o Seminário de Educação, os 90 anos da Faculdade de Direito de Alagoas (FDA) e os 50 anos do curso de Serviço Social.
E não para por aí: não raro se viam os corredores do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso repleto de alunos, das mais variadas idades, escolas e regiões do estado de Alagoas, pelo contrário. O local vivia repleto de rostos curiosos e encantados com o que viam e isso também se refletiu nos números: foram registrados 42.120 estudantes com visitas agendadas e grupos sociais.
Além disso, a comercialização de livros, que também contou com o incentivo de R$ 20 para cerca de 11.560 estudantes e R$ 80 para 3 mil professores da rede pública de Maceió, chegando a quase R$ 500 mil, também foi outro grande destaque, e fez com que o evento alcançasse um total de 250 mil unidades vendidas numa soma que chega a mais de R$ 6 mi, refletindo o êxito da 10ª Bienal de Alagoas em todas as frentes.
“Acredito que nós superamos as expectativas de todos os números. Eu considero que a Bienal desse ano foi um grande sucesso. Se tivéssemos mais dias seriam números ainda maiores”, disse, entre risos, a coordenadora-geral do evento, Sheila Maluf, que fez ainda um retrospecto desde sua primeira Bienal, em 2005, ao refletir que, de lá pra cá, muita coisa mudou, mas que tudo valeu a pena.
“Todas as edições foram um sucesso, uma foi superando a outra em torno de números, de expectativas, de potencial de evento… Acho que valeu a pena acreditar em um sonho e persegui-lo desde 2005 quando fizemos uma Bienal com 50 mil pessoas. A mensagem que fica é essa. Estou deixando um legado e [torço para] quem vier agora que continue esse legado com mais expectativas e números mais fortes ainda. Estou muito feliz, muito feliz mesmo, com o resultado que a gente conseguiu” vibrou Sheila.
Números da Comunicação também se destacam
Desde o mês de fevereiro, a Ufal colocou em campo uma equipe, liderada pelas jornalistas Márcia Alencar e Simoneide Araújo, coordenadoras da Assessoria de Comunicação (Ascom) da Universidade, para levar ao público aquelas que seriam as primeiras informações sobre o retorno do maior evento cultural e literário do estado para todo o público com notícias e publicações nas redes sociais.
De fevereiro até as vésperas do evento, foram publicadas cerca de 100 matérias. Mas durante a Bienal o número praticamente dobrou. Com a equipe de profissionais contratados para atuar nos dez dias de evento, o número quase triplicou: o site oficial da Bienal, que recebeu mais de 40 mil acessos de usuários únicos, conta com 293 publicações – sendo esta, a matéria final sobre a edição 2023 do evento.
As redes sociais, lideradas por Jonatas Medeiros e Thyeres Medeiros, também foram um sucesso total: o perfil @bienaldealagoas no Instagram, por exemplo, saiu de cerca de 15 mil seguidores para o dobro, chegando aos 30 mil; mais de 2 milhões de visualizações, mais de 160 mil contas alcançadas com perfis individuais, cerca de 250 stories e mais de 55 publicações no feed.
Mas não parou por aí: a Ufal também levou sua Rádio para o evento e, em parceria com a Educativa FM, transmitiu programação ao vivo durante os dez dias de Bienal. Foram mais de 200 entrevistas nas mais de 20 horas de exibição do programa Bienal No Ar que também contou com a participação de estudantes do curso de Jornalismo da Ufal. Toda a programação virou podcast e pode ser acompanhada aqui.
Para Márcia Alencar, planejar e organizar um evento desse porte na área da comunicação requer muito planejamento e ações prévias pra chegar a bons resultados. “Levamos a Bienal de Alagoas para o mundo, com trabalho profissional de entrevistas e apuração de dados e números, refletindo toda a emoção e realidade do maior evento cultural e literário do estado”, salientou.
“Ninguém faz nada sozinho”
Números são bonitos, enchem os olhos e são destaques que merecem muita comemoração. Mas essa foi a frase dita pela professora Sheila Maluf ao registrar, com afinco, uma lista de agradecimentos em torno da realização e do consequente êxito da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas.
“Eu queria deixar aqui um agradecimento, em primeiro lugar, ao meu grande parceiro Sebastião Medeiros, que é companheiro de todas as horas e está comigo em todas as bienais. Quero agradecer à Ascom, que deu todo o suporte, aos produtores culturais – Samy [Dantas], Carol, Nicolle [Freire], Simone [Cavalcante], Jorge [André], a Cris [Honorato], que junto ao Jorge, cuidou das escolas e [acabou] liderando outra equipe”, apontou.
A professora também destacou ainda o apoio dos monitores e da equipe técnica: “Os amarelinhos foram lindos e deram um suporte enorme; quero agradecer, nominalmente, à Janaina [Araújo, designer], que fez toda a sinalização, além do pessoal da Fundepes que foi muito prestativo e atencioso em todos os momentos da execução da Bienal”, disse Sheila.
Ela apontou ainda outros dois agradecimentos importantes: “Eu queria também agradecer ao publico que foi, que compareceu ao evento, e, principalmente, ao reitor [Josealdo Tonholo] que confiou em mim e me convidou para fazer esta Bienal”, finalizou a coordenadora-geral do evento.
A 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas foi realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo Governo de Alagoas com patrocínio do Sebrae e apoio da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes). Esta edição teve ainda apoio da Natura e do Instituto Natura, do Hotel Ponta Verde, da Empresa Júnior de Arquitetura e Engenharia Civil (Ejec) e de outras instituições.
Quer matar um pouco da saudade da Bienal 2023? As fotos oficiais, captadas pelas lentes de Mitchel Leonardo e Renner Boldrino, podem ser vistas no perfil oficial do Flickr da Ufal.