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Incentivar e apoiar mulheres na área da tecnologia e da computação são alguns dos objetivos do projeto Katie, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que promoveu neste sábado (19), a palestra Imersão Tecnológica para Mulheres (ITM), na Sala Pitanga, durante a programação da 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas.
Com o apoio do Laboratório de Computação Científica e Análise Numérica (LaCCaN), do Centro de Inovação e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas (Fapeal), o ITM apresentou noções básicas da tecnologia da informação, de programações de computador, como também trouxe discussões sobre Inteligência Artificial, o atual cenário do mercado de trabalho na área para mulheres no mundo, Machine Learning, desenvolvedor de jogos, a linguagem computacional, entre outros assuntos.
A equipe da palestra, que também é semelhante a uma capacitação, foi composta por Maria Nascimento, Laura Assis, Ester de Lima e Giovanna Vieira, que são integrantes do projeto e trabalham na área da computação. Elas também apresentaram nomes de mulheres do passado influentes na ciência, como Ada Lovelace, a primeira programadora mulher do mundo e que foi responsável por criar o primeiro algoritmo; e Carol Shaw, a primeira mulher que começou a trabalhar com o desenvolvimento de jogos digitais.
“Ensinamos e dizemos o que tem na área da tecnologia que elas podem seguir. Essas ações são realizadas para que as mulheres se sintam apoiadas. Eu acho que foi importante a nossa participação aqui porque muitas mulheres desistem dessa área por já terem funções acumuladas como dona de casa e tudo que é condicionado para a mulher. É gratificante poder apresentar essas questões para as mulheres e poder mostrar que elas não estão sozinhas”, disse Giovanna.
A advogada e estudante de Tecnologia da Informação (TI), Letícia Dias, contou que se sentiu inspirada depois da oficina e que deu para conhecer mais características da área. “Essa palestra foi algo muito necessário para mim. Muito interessante a iniciativa das meninas. Uma coisa que me chamou atenção foi entender que há diversas possibilidades dentro dessa área e que a gente pode segui-las independente de qualquer coisa”, pontuou Letícia.
A professora de Arapiraca, Fabiana Araújo, participou do encontro e disse que a palestra foi interessante no sentido de valorizar a mulher no ramo profissional. Ela também contou que o que mais chamou sua atenção foi a apresentação dos nomes das mulheres que foram pioneiras na área tecnológica.
“Acredito que essa ação serviu como um fortalecimento para as mulheres que querem seguir esse caminho da tecnologia. Ver que mulheres do passado também influenciaram outras foi o que realmente me impactou positivamente. Que a gente continue assim, firmes, sempre seguindo fazer o que a gente gosta”, afirmou a professora.
Grupo Katie
O projeto Katie é um projeto de extensão do Instituto de Computação (IC) da Ufal, que surgiu em 2019. O nome do projeto tem como inspiração Katherine Louise Bouman, uma professora assistente de ciência da computação no Instituto de Tecnologia da Califórnia. Ela pesquisa métodos computacionais para geração de imagens e foi uma das pessoas responsáveis pela reprodução da primeira imagem de um buraco negro.
Segundo o ITM, os cursos de computação da Ufal sempre tiveram poucas mulheres. Além disso, poucas se conheciam, distribuídas em períodos diferentes, e raramente tinham oportunidade de se reunir, conversar ou até conhecer outras colegas do Instituto. Com o intuito de unir as estudantes, em 2019 foi organizado um evento chamado “Who run the code? Girls!“. Em seguida, foi criada uma comissão de seis meninas que organizaram o projeto Katie como ele é hoje.
O objetivo principal, a longo prazo, é contribuir para uma maior participação de mulheres na área de exatas.