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Casal é preso suspeito de torturar o filho de 4 anos, no Trapiche, em Maceió

Depois de receberem denúncias anônimas, policiais militares prenderam, na noite desta terça-feira, 23, um casal suspeito de torturar o próprio filho, uma criança de apenas quatro anos. A prisão aconteceu na casa avó paterna do menino, no bairro do Trapiche da Barra, em Maceió. O casal e a criança foram levados à Central de Flagrantes, onde o delegado que atendeu o caso afirmou se tratar de um caso de tortura. Uma conselheira tutelar que acompanha o caso relatou que a criança contou ao delegado que o pai a agredia com socos e que a mãe batia com um fio.

A criança deve ficar aos cuidados de uma tia. De acordo com a conselheira tutelar, Valmenia Santos, o Conselho recebeu a denúncia nesta terça-feira, após um trabalho de conscientização na região do Vergel do Lago.

“Recebemos a denúncia às 14h da tarde, que foi feita por diversas pessoas. Foram várias denúncias anônimas e, além desses relatos, também recebemos um vídeo, que nos chocou bastante. Fomos até o local, a casa estava fechada e não encontramos a criança. Falamos com a avó paterna da criança, que disse que não tinha o número do filho, porém descobrimos que ela tinha. Quando estávamos saindo do local, populares nos informaram que o agressor estava escondido em um barraco. Acionamos a polícia militar, que efetuou a prisão dos agressores”, contou Valmenia.

Segundo ela, o agressor já responde por homicídio. “A prisão dele aconteceu no barraco da mãe, onde nós estávamos e, ao nos ver no local, ele entrou no barraco de um outro morador. Quando chegamos no local, a criança estava coberta e só com os pés descobertos. A princípio, achamos que ela estava morta, porém, após a criança se sentar, tivemos a dimensão das agressões. Essa criança tem sinais de agressões na região do olho, na testa, na cabeça e nas costas. O menino apresenta marcas de agressões da cabeça aos pés, que variam entre cicatrizes antigas e novas”, relatou.

De acordo com Valmenia, a criança contou que algumas cicatrizes foram feitas por golpes de fio e outras foram feitas por sandália. “O menino ainda disse que o pai o agrediu com diversos socos no rosto e na cabeça. Quando questionamos a mãe sobre as agressões, ela pediu para perguntar a criança, que nos respondeu que as agressões aconteceram pelo fato dele não ter ‘obedecido'”.

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