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A troca de cartas entre importantes escritores da literatura brasileira sempre desperta interesse e curiosidade. E é justamente sobre isso que trata a obra lançada pela editora da Universidade Estadual de Alagoas (Eduneal), em parceria com a Academia Alagoana de Letras (AAL) e o IHGAL, no Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL).
O livro, que reúne cartas trocadas entre Jorge de Lima e Alceu Amoroso Lima — mais conhecido pelo pseudônimo Tristão de Athayde —, é de autoria do professor doutor Leandro Garcia Rodrigues, que compartilha a correspondência que revela a amizade e a rede de sociabilidade literária entre os dois escritores, além de dar visibilidade ao modernismo alagoano e os bastidores do meio literário brasileiro do século 20.
Leandro Garcia, relembrou os primeiros passos do projeto de publicar correspondências. Ele conta que tudo começou em 2017, quando foi convidado pelo Governo do Estado para dar algumas palestras sobre o autor. Foi aí que se deu conta de que nunca tinha visto uma correspondência do escritor publicada. Seis anos depois, o autor está entusiasmado por marcar Alagoas no mapa literário brasileiro.
“Para eles (Jorge e Alceu) a escrita era uma forma de estimular o pensamento. E esse livro vem num momento muito especial em que a Academia Alagoana de Letras (AAL) celebra o que é considerado como o “Ano Jorge de Lima”, em alusão aos 130 anos do poeta e esse ano também completa 40 anos da morte de Alceu Amoroso”.
O evento de lançamento contou com a presença de amigos, escritores, alunos do curso de Letras do Campus IV da Uneal, do diretor da Eduneal, Renildo Ribeiro, e do jornalista Ênio Lins, que foi parceiro desde a idealização até o lançamento. Participaram da mesa de honra o reitor da Uneal, Odilon Máximo, o presidente do IHGAL, Jayme Altavila, a secretária de estado da cultura, Melina Freitas, o presidente da AAL, Rostand Lanverly e os netos de ambos os escritores, Gabriela Lima (Jorge de Lima) e do Xikito Affonso Ferreira (Alceu A. Lima).
Durante a sua fala, o reitor da Uneal, Odilon Máximo, destacou a importância desse trabalho para despertar o interesse das próximas gerações na pesquisa de arquivo. Ele destacou as dificuldades e parabenizou o autor. “Nós trouxemos aqui alunos do curso de Letras de São Miguel dos Campos porque queremos estimular o gosto pela pesquisa e esse é um momento ímpar”, afirmou o reitor.
O netos dos autores das correspondências destacaram que estão conhecendo muito mais sobre seus avós graças a pesquisa feita pelo Leandro. “A gente fica transbordando e acha que sabe pouco. Todas essas pesquisas a família não tinha acesso e são tantos detalhes que a gente fica pensando “meu Deus, eu vim disso, é um pedacinho dele em mim, eu faço parte dessa história”, disse a neta de Jorge, Gabriela Lima.
“É impressionante o que a gente vem descobrindo graças a um pesquisador. Pra mim está sendo um deslumbre, estou muito satisfeito. Esse livro é muito importante para a nossa família, nossa história”, destacou o neto de Alceu, Xikito.
O jornalista Ênio Lins, ex-secretário de Comunicação do Estado, foi quem intermediou o contato entre Leandro e o então governador, Renan Filho, que abraçou a ideia e por meio da Uneal/Eduneal, garantiu os recursos necessários para que a pesquisa fosse realizada.
“Quando foi proposto o projeto do livro já ficou claro que seria uma grande obra, porque o professor Leandro além de ser um grande pesquisador, conhecia o arquivo de Alceu. Ele precisava do apoio do Governo do Estado e recebeu, por intermédio da Uneal/Eduneal. É um trabalho extraordinário que me orgulho de ter participado e colaborado”.
Para o diretor da Eduneal, Renildo Ribeiro, a obra é um verdadeiro presente. “É bastante gratificante essa obra que o Governo do Estado nos presenteou, o livro está inscrito em prêmios literários e a gente não vai para aqui, Jorge de Lima é incrível. Essa programação vai continuar, o professor Leandro é mu