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SSP faz primeira reunião do observatório de segurança para combater violência nas escolas

A Secretaria de Estado da Segurança Pública deu início aos trabalhos do observatório criado para sistematizar informações e combater a violência nas unidades de ensino de Alagoas. A primeira reunião do grupo preventivo foi realizada na sede do órgão estadual, no Centro de Maceió, na manhã desta quinta-feira (27).

Organizado pela Chefia de Articulação Política e Prevenção da SSP, que coordenará as ações do observatório, o encontro contou com representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Ministério Público do Estado (MPE) e Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Eles debateram sobre as estratégias para o desenvolvimento do grupo. A comandante e a subcomandante do Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc), tenente-coronel Danielli Assunção e major Luciana Sarmento Leite, respectivamente, também estiveram presentes.

Durante a reunião foram apresentados os principais objetivos dos trabalhos que devem acontecer de forma integrada. A equipe conjunta vai desenvolver um plano de ação continuado com base nos dados obtidos durante um processo de pesquisa sobre ocorrências dentro do ambiente escolar. O monitoramento do fenômeno vai contar com o apoio da Chefia de Informatização da SSP, conforme explanou o capitão Sidcley Santos, que integra o setor.

“A gente quer agir contra um dos gargalos da gestão operacional, que é a falta de coleta de informações sobre o fenômeno da violência nas escolas de forma ampla. Iremos transformar esses dados com qualidade para a tomada de decisão na ponta, seja com capacitação ou a criação de um protocolo mais detalhado de ações, além de articulação com outros órgãos. Isso tudo vai passar pela produção de informação, que será realizada de forma conjunta com o setor de tecnologia da SSP e os outros órgãos. Além disso, vamos fomentar a pesquisa junto com a Ufal”, afirmou o oficial que também é professor.

A Ufal será representada pelo professor Emerson Nascimento, do Instituto de Ciências Sociais. Ele desenvolve pesquisas na área de ciência política, criminologia, segurança pública e vai ajudar no trabalho de monitoramento e avaliação. Ele enalteceu o trabalho na área de vigilância já desenvolvido pela SSP.

“O Núcleo de Estatística e Análise Criminal da SSP tem tido um papel importante no alinhamento das ações de segurança pública em Alagoas, e essa ampliação para inclusão da segurança nas escolas vai ajudar ainda mais no combate a qualquer tipo de violência”, afirmou o pesquisador.

Gestora de Assistência à Gestão Escolar da Seduc, Cristiane Souza falou da importância do trabalho conjunto em prol da prevenção no ambiente educacional.

“Essa articulação, que resultará num banco de informações compartilhado, vai fazer com que a gente mapeie quais as principais dificuldades encontradas nas unidades de ensino e quais tipos de agressão são registrados na escola. Para que a gente faça planos de intervenção, tanto pela Seduc, na área educacional, quanto também por esses parceiros, para minimizar todos esses problemas”, disse ela.

A promotora de Justiça Alexandra Beurlen, da Promotoria da Infância e Juventude, também enalteceu a iniciativa. “Um trabalho fundamental para nortear as decisões político-administrativas, tanto no sentido da prevenção, quanto na redução desses atos de violência dentro da escola. Uma atenção mais profunda, um trabalho que vai exigir fôlego das entidades que vão participar, mas acredito que pode, pelo menos, dar uma ideia de diagnóstico. Sabemos que a criminalidade de forma geral não tem causa absoluta, mas vai dar um norte do que está acontecendo e isso acalma o coração das pessoas que estão em pânico”, afirmou a promotora.

O observatório foi criado por meio de portaria publicada na edição do Diário Oficial do Estado da última terça-feira (25). As ações com foco no desenvolvimento e aperfeiçoamento de projetos ou programas de segurança escolar também deve ser articulado com outros parceiros dos segmentos da educação, esporte e cultura, justiça e instituições de ensino, além da própria comunidade.

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