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O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que, caso não haja desocupação voluntária dos acampamentos bolsonaristas no QG do Exército em Brasília, “pode haver retirada compulsória”. De acordo com o governador reeleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), haverá uma aceleração da retirada desses acampamentos. Segundo ele, mais de 40 barracas já foram retiradas.
“Quanto mais se der a desmobilização de modo compactuado mediante conciliação, melhor”, ponderou Dino, em entrevista coletiva de imprensa nesta terça-feira (27), ao lado de Ibaneis e do futuro ministro da Defesa, José Múcio. Sobre mais providências a serem tomadas em relação à posse no dia 1º de janeiro, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública destacou que “o planejamento da segurança da posse é dinâmico e algumas medidas serão definidas apenas no momento”.
Ibaneis afirmou que há um “grande sistema de inteligência” para esses eventos que ocorrem no Distrito Federal. “Não haverá hiato no comando das equipes de segurança; equipe tomará posse à 00h01”, declarou Dino.
Múcio confirmou também que o próximo general do Exército assumirá o cargo na sexta-feira (30) às 10h, como antecipado pelo Estadão.
Carro aberto na posse
Flávio Dino também disse na coletiva que a decisão do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de desfilar, ou não, em carro aberto será tomada no momento da cerimônia de posse. “Os dois cenários estarão disponíveis no dia”, disse.
“Essa decisão será tomada no momento, se ele vai embarcar de carro aberto, de carro fechado”, declarou Dino. “Como disse, planejamento dinâmico envolve várias rotas, várias opções, e todas elas estarão disponíveis”, emendou.
Ato de terrorismo é ‘isolado’, diz Múcio
O futuro ministro da Defesa, José Múcio, disse na coletiva que a tentativa de explodir um caminhão de combustível na véspera de Natal foi um ato de terrorismo isolado e destacou que as manifestações em frente ao quartel do Exército são pacíficas. Múcio, que foi ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), é considerado um bom interlocutor do futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva junto aos militares.
“Na hora em que o cidadão coloca uma bomba num caminhão de querosene nós entramos no campo do terrorismo. O movimento aqui é pacífico”, sublinhou. “O movimento terrorista é isolado, o que tem acontecido no quartel são pessoas vestidas de verde e amarelo e torcemos que isso seja coisa passageira”.
Múcio afirmou que as forças de segurança estão realizando um monitoramento diário dos acampamentos e, de acordo com a avaliação das pessoas que estão acompanhando as manifestações, o movimento é cada vez menor.
Autor: Sofia Aguiar e Lavínia Kaucz
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