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O prefeito de Rio Largo Gilberto Gonçalves (PP), que foi preso recentemente pela Polícia Federal acusado de corrupção, irá encaminhar hoje, 17, à Câmara de Vereadores, um projeto de lei para aprovação de contratação de cerca de 1000 servidores temporários por até dois anos. Porém, o projeto terá data retroativa: 5 de abril. A manobra, segundo circula nos bastidores, é para mascarar um crime eleitoral.
Acontece que esses “servidores contratados antes das eleições” trabalharam para a campanha da deputada eleita Gabriela Gonçalves (PP), filha do prefeito, como cabos eleitorais. Já existe uma ação de investigação judicial eleitoral que visa apurar esse crime de abuso do poder político por uso da máquina pública.
A denúncia é que Gonçalves fez diversas contratações indevidas de servidores sem a existência de cargos públicos para beneficiar sua herdeira. Resumindo, o projeto de lei tem o intuito de regularizar a situação perante à Justiça.
“A Câmara de Vereadores de Rio Largo está prestes a cometer uma das maiores aberrações legislativas, no que poderá mais uma vez levar à prisão os vereadores daquela cidade como ocorreu em 2012, quando todos os edis foram presos”, disse um denunciante ao A Notícia. A cara de pau é tamanha que o projeto de lei informa que “dispõe sobre a contratação temporária para atender a necessidade do interesse público”.
Vale ressaltar que a campanha de Gabriela Gonçalves custou R$ 944.894,06. O dado é do site DivulgaCandContas, da Justiça Eleitoral. Além desses valores, ela teria a ajuda do pai e da Prefeitura de Rio Largo. Desse valor, R$123.879,31 foi com militância de rua.