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Janja quer Resistência, cadela adotada pelo casal, na rampa do Planalto

A cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 1.º de janeiro, não terá nada de convencional. Na organização da festa, a futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, quer que Lula suba a rampa do Palácio do Planalto ao lado de Resistência, a vira-lata que passou os 580 dias da prisão do petista na vigília montada diante da Superintendência da PF, em Curitiba. Além disso, a ideia da socióloga é que pessoas comuns entreguem a faixa presidencial para Lula.

Derrotado nas eleições, Jair Bolsonaro (PL) disse a aliados que não passará a faixa, podendo deixar a tarefa com o vice, general Hamilton Mourão.

“Se for necessário, recebo a faixa do povo brasileiro”, disse Lula, pouco antes do segundo turno, confiante na vitória. Não se tratava de mera retórica. Janja tem mesmo a intenção de quebrar o protocolo e organizar um ato bastante simbólico para a posse de Lula 3.0.

Resgate

Apaixonada por animais, a futura primeira-dama quer, ainda, que a cadela Paris, também adotada pelo casal, participe da cerimônia. Caso não seja possível, a prioridade será dada a Resistência, que era filhote quando, em abril de 2018, foi encontrada por dois metalúrgicos de São Bernardo do Campo perto de onde Lula estava preso. Com os pelos embolados, encolhida e passando fome, ela quase foi atropelada.

Resgatada, a cachorra sem raça definida foi levada para o Acampamento Lula Livre e lá ficou, alimentada pelos militantes e vestida com uma bandeira do PT, até novembro de 2019. Lula só conhecia Resistência pelos relatos da então namorada. Os dois, no entanto, já estavam decididos a adotá-la. E assim foi. Agora, a mascote do “Lula Livre” vai morar no Palácio da Alvorada. Antes, porém, poderá subir a rampa do Planalto.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Autor: Vera Rosa
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