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Prioridade da transição de Lula deve ser formar base para o enfrentamento político que o país precisa, diz Renan Filho

O senador eleito por Alagoas Renan Filho (MDB) defendeu, em entrevista à BandNews, o diálogo com os partidos aliados para a formação de uma base política ampla e diversa como primeira tarefa da equipe de transição do governo Lula (PT). Para ele, essa etapa não pode ser atropelada por nenhuma outra pauta, como, as discussões em torno do Orçamento e teto de gastos.

“É muito importante que o presidente Lula forme uma base política, discuta os temas no atacado e não no varejo. Discutir, por exemplo, a permanência do Auxílio Brasil, o aumento do salário mínimo acima da inflação são bandeiras fundamentais, mas elas não podem ser mais importantes do que a formação de uma base política que dê sustentação ao governo porque o governo vai enfrentar batalhas semanais, especialmente, a partir de janeiro e a partir de fevereiro, quando o novo Congresso assumirá os trabalhos. O MDB estará pronto tanto para discutir a sustentação do governo no parlamento quanto para a formação do governo”, disse.

O ex-governador, que viajou hoje (08) à Brasília, argumenta que o presidente eleito chegou ao momento de transição forte política e institucionalmente, com validação da comunidade internacional e do mercado, e que, portanto, não precisa ter pressa para resolver todas as questões de uma só vez, muito menos, cair em armadilhas de grupos que querem manter o status quo.

“Não é obrigatoriedade desse governo manter o que vinha sendo feito no governo Jair Bolsonaro. Na política, sempre há alternativas e a política também é formada por escolhas. O governo está começando a atuar agora, eu não acho que deva ter pressa pra construir tudo ao mesmo tempo, precisa ter diálogo para ter uma construção sólida para o curto, médio e longo prazos. Se a solução não for adequada para todos os tempos, o governo terá dificuldade”, afirmou.

Para Renan Filho, o novo governo não terá dificuldades para formar uma boa base de sustentação no Congresso, mas precisará enfrentar as práticas da gestão anterior, como o orçamento secreto. “Eu acredito muito na capacidade de diálogo do presidente Lula, que vejo como o mais preparado para levar o Brasil adiante. Por isso, eu acho que ele tem força congressual para formar uma base e força institucional para fortalecer a democracia e reconstruir a imagem internacional do Brasil, colocar o país pra crescer de novo, diminuindo esse fosso regional que o país tem, aproximando o desenvolvimento entre as regiões, reduzindo a desigualdade de renda da população pra que a gente construa um país mais justo e mais equânime. Essa é a agenda que ele defende e eu espero com muito entusiasmo a entrada dele no processo de transição a partir de hoje pra que a gente encontre soluções para esses problemas”, conclui.

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